Em 2006, a internet era um lugar. O computador era um veículo sagrado, místico: a tela de tubo arrepiava os pelos do braço; a caixa de som avisava que o telefone ia tocar. Com o dedo do pé, eu apertava o Botão Supremo, no altar marfim de MDF, e um som de vento anunciava a chegada ao jardim do Éden. Eu fazia perguntas, falava com os bichos e podia até fi…
© 2024 Lyara Vidal
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